sábado, 23 de outubro de 2010

Marketing aplicado nas redes sociais



Redes sociais podem ser definidas como “grupos de pessoas com interesses e práticas em comum que se comunicam regularmente, por um período de tempo determinado, de uma forma organizada na Internet, utilizando um mecanismo  específico". RIDINGS, GEFEN e ARINZE (2002, p. 273).  Percebe-se que as redes sociais estão produzindo uma variedade de efeitos culturais e influenciando no comportamento do consumidor que podemos considerar como um fator chave de transformação da maneira de como vivemos, trabalhamos e de como fazemos negócios.
Clara Shih afirma que a medida que essa nova onda social permeia a internet, conectando as pessoas e contextualizando as relações em os todos os sites e aplicativos, a tecnologia existente tem menos a ver com ferramenta e mais com as pessoas, nesse sentido as redes sociais podem ser considerados como um evento  de cunho sociológico do que de cunho tecnológico, a tecnologia proporciona uma plataforma sistematizada e organizadas de acordo com o comportamento das pessoas.
 Uma pesquisa conduzida nos Estados Unidos em 2008 sobre o comportamento das pessoas nas redes sociais e nas comunidades online pela empresa Rubicon Consunting fazem as seguintes recomendações:
  •      Cuide dos MFCs (colaboradores mais freqüentes), porque são muitos os clientes que tomam decisões baseando-se nos comentários deles online – escritos, ma maioria, por alguns poucos usuários, facilmente identificáveis e contáveis. É preciso responder de imediato a esses MFCs.
  •       Estude muito bem o tipo de comunidade online com o qual você lida. Uma “comunidade de paixão” não se comporta como uma “comunidade de prática”, que é o tipo de comunidade com que as empresas estão acostumadas. Se você tratar ambas igualmente, os membros de uma das duas - ou a duas – ficarão incomodados. Em suma, generalizar não é permitido, porque, mesmo que se insista em associar as redes sociais a suas tecnologias facilitadoras, seu vetor de aglutinação e de organização são pessoas, não as tecnologias.
As comunidades on line e a redes sociais podem ser consideradas como grupos de referência, segundo Schiffman & Kanuk indicam que os grupos de referência servem de comparação ou referência direta, face a face, ou indireta na formação de atitudes ou comportamento de uma pessoa. Com isso, torna-se primordial o entendimento de construção e da dinâmica das comunidades on line e a redes sociais que as pessoas participam, isso poderá auxiliar a organização a elaborar uma segmentação de mercado mais eficaz.

Antes segmentação demográfica agora, segmentação tecnográfica
Uma pesquisa desenvolvida pela Forrester Research agrupou as pessoas em função de atividades sociais, o resultado identificou alguns perfis que servem para detectar tendências, classificar usuários ou grupos de usuários e elaborar estratégias de marketing, a pesquisa apontou os seguintes perfis:
·         Criadores: Publicam um blog; Tem página na web; Publicam vídeos que eles mesmos gravam; Fazem uploads de “sua’ música; Publicam artigos ou histórias que escrevem.
·         Críticos: Qualificam ou comentam produtos e serviços; Fazem comentários em blogs de terceiros; Participam de fóruns online; Colaboram ou editam artigos em algum wiki.
·         Colecionadores: Usam feeds (RSS, Realy Simple Syndication); Colocam tags em sites ou fotos; Votam por sites.
·         Adeptos: Mantém seu perfil em alguma rede social; Visitam os sites das diferentes redes.
·         Espectadores: Lêem blogs; Assistem aos vídeos de outros usuários; Ouvem os podcasts; Lêem fórum virtuais; Lêem as opiniões ou votos de outros usuários.
·         Inativos: Não interagem socialmente online de maneira alguma.

Conjunto de espécies
Um estudo sobre o marketing de influências social conduzida pela Razorfisch, constatou que o comprador, nesse processo “social” pelo qual toma decisões, recorre a três diferentes tipos de referencias, são eles:
1.    Influenciadores sociais: Participam de plataformas sociais e se incluem no gráfico social de comprador condicionando sua decisão de compra e seu nível de afinidade com marcas, hábitos, serviços, produtos e gostos; Isso se dá por meio de comentários, dados em seu perfil ou status nas redes; Publicam comentários em blogs próprios e alheios, participam de fóruns e podem chegar a conhecer pessoalmente o comprado.
2.    Influenciadores pares: Membros da família ou de seu círculo social mais próximo, pessoas que viverão de perto os resultados da decisão que o comprador tomará.
3.    Influenciadores chaves: Formadores de opinião que tem um blog e/ou um perfil no twitter e, em geral, não conhecem seu publico pessoalmente.

No mundo contemporâneo, torna-se necessário que as organizações detectem as fontes de informação utilizadas pelos consumidores e entendas pontualmente a influencia dos agentes influenciadores, com essa abordagem as organizações poderão otimizar os recursos investidos no desenvolvimento de estratégias de marketing e comunicação integrada.
Autor: Sandro Luis Viapiana

Fontes:
RAE eletrônica On-line version ISSN 1676-5648 RAE electron. vol.7 no.2 São Paulo July/Dec. 2008 - Tendências sobre as comunidades virtuais da perspectiva dos prosumers Marcelo Jacques Fonseca; Manuela Albornoz Gonçalves; Marta Olivia Rovedder de Oliveira; Maria Auxiliadora Cannarozzo Tinoco
Mar em cada gota - Gracilela Gonzáles Biondo  Fonte: HSM Management Novembro/Dezembro 2009 No77 – Pg. 72

SCHIFFMAN. Leon G.; KANUK. Leslie L. - Comportamento do consumidor – 6ª Edição Rio De Janeiro. LTC 2000.

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